A tradição ainda é o que era, conserve-se a tradição - CUTELARIA POLYCARPO
Também é turismo - Fundada em 1822, fica na Baixa de Lisboa,
foi premiada por Napoleão III e reconhecida por Rafael Bordalo Pinheiro. A loja
existe até hoje e promete durar outro tanto.
É de celebrar a existência de lojas antigas, daquelas que se
reinventam para não morrer e que contra ventos e marés sobrevivem preservando a
tradição e orgulhando-se disso mesmo. A Cutelaria Polycarpo é só um exemplo
desse espirito, aliás é um bom exemplo porque se mantêm até hoje, adaptando-se
aos tempos modernos mas conservando-se fiel às suas origens.
Ao longo dos seculos perdeu-se a oficina própria sendo os
instrumentos fabricados agora em Solingen na Alemanha mas ainda é possível comprar
desde tesoura de canhotos, de cabelo, de alfaiate, de escritório, de talhar, da
poda, de bordar, de ovos, de uvas, ou de ervas aromáticas de entre 113 modelos
diferentes…bem como canivetes e facas.
De entre vários momentos assinaláveis na história desta
cutelaria, destaque para a participação em 1855 na Exposição Universal de Paris
onde António Polycarpo marcou presença concorrendo com três estojos de material
cirúrgico: uma caixa de ferros para amputação, outra para operações de olhos e
uma terceira com instrumentos de dentista. Ganhou uma medalha de outo enviada pelo
imperador Napoleão III sendo que por sua vez o rei D. Pedro V, também lhe
concedeu o Grande Colar de Cavaleiro da Ordem de Torre Espada.
Atualmente a Cutelaria Polycarpo é gerida por Luís Geraldo, que
assumiu a função de sócio-gerente da loja em 2010, depois de uma década como
empregado. Tendo estado inicialmente bastante ligado ao turismo é de esperar
que a Cutelaria ganhe uma nova dinâmica pela mão de Luís Geraldo. Para já, a
promessa é que de a loja continue a apresentar novidades, algumas ligadas ao panorama
cultural da própria cidade.
Para quem ainda não conhece ou nunca tinha ouvido falar,
vale a pena conhecer um pouco melhor a loja, a Cutelaria Polycarpo fica mesmo
no coração de Lisboa, na Rua de S. Nicolau, nrº 29.
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