Por mares muitas vezes navegados….Navio Escola Sagres



Da próxima vez que estiver disponível para visitas ao público não perca a oportunidade de conhecer de perto o Navio Escola Sagres e não precisa de pensar só em Lisboa pois o navio pode ser visitado igualmente em todos os portos onde faz escala, com particular atenção na escolha de portos onde existem comunidades portuguesas.

 

Este símbolo histórico que representa Portugal além-mar foi construído em 1937, nos estaleiros Blohm & Voss em Hamburgo onde recebeu o nome de "Albert Leo Schlageter". Foi integrado na Marinha Portuguesa em 1962 como navio-escola e com o seu nome atual - Sagres. Este navio é utilizado para instrução dos cadetes bem como representante da Marinha e do país, funcionando como uma embaixada itinerante de Portugal.



 
O Navio Escola Sagres leva a bordo vários símbolos importantes que representam a história de Portugal, nomeadamente a época dos descobrimentos. Ostenta, como figura de proa, a efígie do infante D. Henrique, terceiro filho do rei D. João I e o grande impulsionador da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses; o seu nome, Sagres, inspirado na mítica e famosa Escola de Sagres. Embora não exista uma prova real da sua existência pelo menos com os parâmetros que hoje se entende que é uma escola, representa a personalidade tenaz de todos os Marinheiros, desde mestres a alunos, que procuram alargar os conhecimentos náuticos e geográficos; A Cruz de Cristo que é o ex-libris do NRP "Sagres" que foi utilizada pela primeira vez nas velas dos navios da armada de Pedro Álvares Cabral. A cruz vermelha de hastes simétricas, vazada ao centro, era o símbolo da Ordem Militar de Cristo, fundada por D. Dinis em 1317, na sequência da extinção da Ordem dos Templários e da qual D. Henrique foi «regedor e governador»; e por fim o Brasão das Armas, composto pela Cruz de Cristo, pelo ramo de carrasqueira, o símbolo pessoal do Infante que exprime a tenacidade, a rusticidade e o desapego pelos bens materiais e honras fáceis, pelo astrolábio náutico (ouro), que representa a ciência e a instrução da arte de navegar e por ultimo o fundo azul, onde se encontram inscritos os motivos a ouro acima referidos e que representa o "mar oceano" que, na esteira dos Descobrimentos Portugueses, une e deixou de separar.



 
Um dos pontos chaves deste navio é a sua missão diplomática, aliás a diplomacia naval é, por tradição histórica, uma das mais relevantes funções desempenhadas pelos navios das marinhas de todo o mundo. A bordo deste Navio Escola reforça-se o relacionamento diplomático, assim faz parte da formação dos cadetes nacionais o intercâmbio cultural, com o objetivo fomentar o respeito por diferentes culturas e religiões, a aprendizagem de outras línguas e o espírito de corpo numa perspetiva multicultural.




 
Ano após ano, tem vindo a aumentar o número de militares estrangeiros que embarcam na Sagres, bem como de países de onde são originários. Em 2011, atingiu-se o número de 17 nacionalidades (além da portuguesa), representadas por 19 militares. Os países representados foram Angola, Alemanha, Argélia, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Marrocos, Moçambique, Polónia, Reino Unido, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Tunísia e Turquia.


 

 Texto construído com o apoio de http://sagres.marinha.pt/pt/Paginas/default.aspx


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