Lisboa é linda, Capela do Alto de Santo Amaro em Lisboa
Quase que se pode pensar que este é um dos segredos mais bem
guardados de Lisboa pois por aqui ainda não se vêm turistas em abundancia embora
a vista para o Rio Tejo, a Ponte e a outra margem seja deslumbrante. A Capela
do Alto de Santo Amaro é bem visível da Ponte Sobre o Tejo e se por acaso ainda
não a visitou, calce um ténis pois a escadaria ingreme pede calçado confortável
e leve a maquina fotográfica.
Situada na Calçada de Santo Amaro, esta capela é considerada
Monumento Nacional desde 1910. Este edifício é um dos tesouros menos conhecidos
da capital Lisboeta embora mereça um lugar de destaque na história da arquitetura
lisboeta.
Fundada em 1549, a capela poderá ter a sua origem num grupo
de marinheiros galegos ou numa confraria que aqui se teria organizado em 1532, constituída
por freires da Ordem de Cristo. O que a história regista como certo é que terá
sido projetada por Diogo de Torralva, um dos muito conceituados arquitetos do
século XVI. Tornou-se famosa pela Romaria de Santo Amaro tendo a última sido
realizada em 1911.
Fazendo uma procura sobre a história da capela, facilmente se
descobre que durante alguns anos terá ficado abandonada, tendo sido saqueada.
Nos momentos menos felizes da sua história chegou a servir de carvoaria, tendo,
em 1927, sido entregue à Irmandade do Santíssimo Sacramento.
Os azulejos, uma das características que mais se destaca
nesta capela são datados do século XVIII e estão identificados como
provenientes das fábricas do Rato.
Por aqui realiza-se a missa, no primeiro domingo de cada mês,
às 10h00 da manhã, sendo também possível realizar outras cerimónias religiosas
como casamentos e batizados.
Até ao dia 14 de junho, e no âmbito das Festas de Lisboa,
quem for visitar a capela tem uma surpresa adicional. Foi instalado num dos
terrados, com vista para a ponte, um painel de azulejos parabólico que funciona
como um espelho acústico. De determinados pontos do painel, o visitante consegue
escutar a paisagem sonora selecionada como por exemplo o trânsito sonoro da
ponte. Esta curiosa superfície foi construída a partir de fragmentos de
centenas de típicos azulejos industriais portugueses.
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