Barragem do Alqueva – A tranquilidade ao por do sol


Para muitos a construção da Barragem do Alqueva era um desejo que dificilmente se iria materializar. Tendo como principal objetivo a criação de eletricidade bem como a irrigação dos terrenos, o que traria um novo dinamismo ao tórrido Alentejo, o sonho começou em 1968 com a celebração do Convénio Luso-Espanhol para utilização dos rios internacionais mas a EDP só viria a inaugurar oficialmente a central hidroelétrica do Alqueva a 23 de Janeiro de 2013. Nestes 45 anos aconteceu um pouco de tudo e entretanto quem morava na região desacreditava no avançar da obra.
O início das obras preliminares começou em 1976, tendo sido interrompidas dois anos depois. Só em 1995 é que a obra, fundamental para o crescimento do Alentejo, viria a ser retomada.   
Atualmente a Barragem de Alqueva é a maior barragem portuguesa e da Europa Ocidental, situada no rio Guadiana, no Alentejo interior, perto da aldeia de Alqueva. A construção desta barragem permitiu a criação do maior reservatório artificial de água da Europa.
Mas para que serve este investimento de milhões feito em pleno Alentejo? Para além das razões já apontadas a barragem veio alterar completamente a paisagem, criando novas oportunidades para o turismo local. Navegando nas calmas águas deste lago gigante é possível passar por 5 concelhos do Alentejo como Portel, Moura, Reguengos de Monsaraz, Mourão e Alandroal, e ainda os municípios de Olivença, Cheles, Alconchel e Villanueva del Fresno.
Vir ao Alqueva e não fazer um passeio de barco por este lago gigante é perder uma oportunidade única de conhecer outro Alentejo. Para além da paisagem que se vai modificando ao longo da viagem, a paz e a tranquilidade que se sente, a ausência de qualquer barulho a não ser o borbulhar da água no motor do barco, a leveza de espirito com que chegamos a terra faz com que esta experiência seja largamente compensadora. No nosso caso escolhemos o programa “ Por do Sol com Antão Vaz” organizado pela Alquevatours. Incluía 1h30 de barco ao final do dia, banho no Alqueva, prova de vinho da região, Antão Vaz, e degustação de iguarias locais como pão alentejano, azeitonas e doces regionais. Fomos acompanhados por um excelente profissional, com conhecimentos profundos do Alqueva e da região, tendo sido possível juntar na mesma experiencia lazer com novos conhecimentos históricos, culturais e científicos do Alqueva.    
Por aqui é possível praticar desportos náuticos como ski, pesca e windsurf, passeios no rio entre outras atividades. Nas suas margens vai acontecendo de tudo um pouco, do rio ainda é possível ver velhas estruturas que ficaram do Festival KaZantip. Polemico desde o início, estava programado para bombar a região com 5 semanas de música eletrónica e muita loucura tendo sobrevivido somente 3 dias.
Mais tarde surgiram novas energias e as margens deste lago têm sido aproveitadas para a realização de outras atividades menos polémicas. Em 2015 recebeu o Amieira Marina Art Fest e hoje em dia o seu nome serve de promoção para o Sky Alqueva, um dos maiores programas para observação de estrelas em Portugal.
Mas as novidades vão mais longe. Este ano, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) e a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (AEBAL) criaram uma plataforma na Internet para divulgar, junto de potenciais importadores, produtos e serviços, e alavancar as exportações das empresas instaladas na área de influência do projeto Alqueva. A plataforma está disponível no endereço de Internet www.alquevaexporta.pt.











































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