Velho armazém da ribeira de Viana revela o outro lado da Romaria d’Agonia
Um velho armazém de aprestos de pesca na ribeira de Viana do
Castelo volta a abrir portas em agosto, mas agora para receber uma exposição
sobre a “Preparação da Romaria d’Agonia”, reunindo cerca de 40 fotografias
inéditas que mostram a alma e a essência daquela festa popular minhota.
A exposição é mais uma iniciativa do projeto “Somos Todos
Romaria”, a nova marca oficial da Vianafestas para promover a Romaria d’Agonia
e que este ano pretende precisamente revelar os bastidores dos quadros mais
importantes, mostrando as gentes que dão vida à maior romaria de Portugal.
Para o efeito, nada melhor que um armazém de 300 metros
quadrados, a cheirar a maresia e pesca, que sempre viveu para a festa, para
receber uma exposição que será também emblemática. É o mesmo armazém onde
habitualmente as gentes da ribeira tingem o sal para os típicos tapetes do dia
da Padroeira, recorrendo a uma betoneira, e que vai ser em simultâneo uma galeria
improvisada. Além das fotos, a azáfama da preparação da festa, o sal e os
equipamentos também vão lá estar, mostrando duplamente os bastidores da
romaria.
São fotos inéditas tiradas durante a festa de 2014 e 2015,
que têm a particularidade de mostrar o outro lado de tudo o que acontece e se
vê. Também por isso representa uma pequena homenagem às mulheres e homens que
antes e durante a romaria tantas vezes passam incógnitos, mas que fazem tudo
acontecer.
No mesmo âmbito, a VianaFestas, enquanto entidade organizadora
das festas, vai lançar na mesma ocasião o livro “Romaria da Sr.ª da Agonia”,
que reúne mais de 200 fotografias, sobre a preparação e os dias da Romaria. O
livro apresenta ainda pequenos textos explicativos e de enquadramento sobre
cada um dos momentos que compõem o programa da festa, praticamente inalterado
ano após ano.
A exposição e o livro dividem-se em nove quadros, com
fotografias que retratam o outro lado, as emoções e o sempre presente
nervosismo dos principais momentos, desde os desfiles da mordomia, aos
cortejos, passando pelo lançamento do tradicional fogo-de-artifício.
E na ribeira de Viana do Castelo, a confeção dos
tradicionais tapetes de sal está igualmente em destaque, com a exposição a
decorrer lado a lado com preparação das várias obras de arte e que servem de
palco à procissão ao mar, outro momento retratado, de uma perspetiva diferente:
em fotografia.
A entrada é livre e as visitas podem ser feitas diariamente
entre as 15.00 e as 20:00, até 18 de agosto. Nos três dias que se seguem, já
durante a festa, a exposição pode ser vista durante todo o dia.
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