Tudo o que aprendi sobre a França nos últimos dias
Recém chegada de Lille trago na bagagem muitas novidades sobre
o norte deste país, pelo que não se surpreendam se nos próximos tempos eu não
me cansar de vos contar como a França é bela.
Vou tentar levar-vos comigo nesta viagem, através das histórias
que trago para contar e das fotos que tenho para partilhar mas mesmo assim sei,
com grande tristeza, que nunca vou conseguir expressar na íntegra tudo o que
senti ao longo destes dias de viagem.
Bons restaurantes com excelente comida, queijos, enchidos e
pão fabuloso, ótimos hotéis, gente muito simpática e com humor refinado, guias muito
bem preparados e que explicavam com entusiasmo as histórias das suas terras, alegria
e boa disposição no ar, juventude por todo o lado a aproveitar vida, memórias do
tempo da guerra bem preservadas, uma infinidade de variedades de cerveja
artesanal, qual delas a mais saborosa, como nunca tinha visto nem imaginava que
era possível, monumentos grandiosos, paisagens fantásticas e até consegui ver
Inglaterra.
E também existem algumas curiosidades como uma piscina pública
que foi construída nos arredores de Lille, em Roubaix, e que foi inaugurada com
todo o seu luxo em 1932, estando agora convertida num museu, o Museu da Piscina
ou ainda em Richebourg, um cemitério português, unicamente ocupado por 1. 831 soldados,
nossos compatriotas, que morreram durante a Primeira Grande Guerra, mais propriamente
em 1918. Existe uma lista disponível com os seus nomes no caso de se procurar
um ente querido à muito desaparecido em terras de França. A outra surpresa foi
o restaurante que encontramos junto ao mercado, o Galinha, onde as
especialidades são frango assado e pastéis de nata, entre outros pratos típicos
portugueses.
Tudo isto ao longo de quatro dias em que foi possível conhecer
um pouco de Lille, Flandres francesa, Cassel, Nord-Palais, Dunkerque e o Marais
(pântano) em Saint Omer.
E como se tudo isto não fosse suficiente, o custo de vida é
semelhante de Portugal e ainda por cima é fácil chegar a Lille pois existe voo
direto de Lisboa e do Porto para esta cidade que fica a pouco mais de duas
horas de avião. A outra alternativa, que também é bastante confortável, é ir de
avião até Paris e depois apanhar o TGV até Lille sendo que o comboio demora
cerca de uma hora até chegar ao destino final, parando mesmo no centro da
cidade.
Espero ter conseguido abrir-vos o apetite pois ao longo das próximas
semanas vou levar-vos nesta viagem comigo, ao centro de uma França ainda desconhecida
mas que é fácil de ser amada.
Comentários
Enviar um comentário