Exposição "Evocar a sede para nomear a água" em Moura


Está a decorrer até ao dia 16 de dezembro no Museu Municipal de Moura, (antigo Matadouro Municipal) a exposição “Evocar a sede para nomear a água – As palavras da água no universo tuaregue”.
Esta iniciativa é fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Moura, o Centro de História da Universidade de Lisboa, a Embaixada da República Democrática e Popular da Argélia e a Roca Lisboa Gallery, no âmbito da exposição patente no Museu Municipal, “Água – Património de Moura”.
 A exposição é constituída por trabalhos de Miguel Perdigão Plácido e nela nomeia-se a água como matriz das viagens alegóricas, pelos territórios de percurso, onde a sede e a solidão conduzem à tenda no acampamento, numa cadência pontuada pelas palavras da água e, desta forma, à unidade e à estabilidade feminina, ao interior do universo tuaregue, um povo da região do Saara/Sahel, no norte de África. A identidade tuaregue apresenta a sua expressão central na palavra escrita e oral. Assim, designam-se, a si próprios, como os Kel-tamacheq – a comunidade de todos aqueles que falam a língua tamacheq. A poesia, os provérbios e a música, recolhidos e registados nos dois últimos séculos e vivenciados até ao presente, poética de amor mas também de conflitos, simbolizam a perceção do nomadismo cósmico. A exposição evoca através da palavra velada, um dos pilares deste universo – a água no seu quotidiano e na sua simbologia.

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