Póvoa de Lanhoso e Gondomar e promovem candidatura da filigrana a Património da Humanidade


Os municípios da Póvoa de Lanhoso e de Gondomar assinaram recentemente um protocolo de colaboração e compromisso que visa a promoção conjunta da candidatura da filigrana a Património da Humanidade. Na mesma altura seguiu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros um pedido de registo da filigrana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, “cujo intuito máximo será depois candidatar este bem a Património Imaterial da Humanidade”.
O protocolo prevê a “apresentação conjunta de uma candidatura tendente à certificação da Filigrana Portuguesa produzida nos dois concelhos”, a “inscrição no Património Imaterial” e, ainda, a “definição em conjunto de uma estratégia de comunicação adequada aos fins em vista”.
“A filigrana portuguesa representa a excelência da qualidade de produção manufaturada, reconhecida além-fronteiras, independentemente de ser produzida nos concelhos de Gondomar ou Póvoa de Lanhoso”, assumem aqueles municípios. Para ambos os concelhos, “o mais importante é preservar e valorizar esta arte ancestral para oferecer ao mundo o que de melhor e mais único se produz em Portugal no setor da ourivesaria”, já que “a filigrana portuguesa simboliza a história, a tradição e a herança que fazem parte integrante da nossa identidade cultural”.
A filigrana é uma arte milenar, muito meticulosa, exigindo dos artesãos um trabalho de minúcia muito paciente, imaginativo e de grande destreza. Trata-se de uma arte que trabalha finíssimos fios de ouro ou prata, subtilmente torcidos, que são depois aplicados a estruturas com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado, dando origem a obras de elevada complexidade, forma e riqueza estética. Os artesãos que trabalham nesta arte/ofício fazem-no, por norma, em pequenos ateliers, produzindo as peças de filigrana mais fina e mais bem elaborada em todo o mundo, destinadas maioritariamente à ornamentação pessoal, mas também à decoração de interiores.

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